Gostei de ler
Este Pais Não é Para Velhos, de Cormac McCarthy. É uma história sobre o mal, sobre como o mal é invencível, sobre como pode sê-lo, mesmo contra a nossa angústia. Apesar de pensarmos, no conforto das nossas vidas ocidentais, que o mal foi feito para ser vencido pelas forças do bem – pela polícia, pela medicina, pela justiça, seja o que for -, nem sempre é assim (o 11 de Setembro já mudou essa percepção, apesar de o livro nada ter a ver com isso). É um western moderno, mais fácil de ler que A Estrada. O poder de Chigurh quando atira a moeda ao ar é o mesmo de Deus quando traça o destino e decide da vida e da morte. Moss não anda longe de sermos nós. O xerife somos nós. Chigurh é o outro. Espero ansiosamente pelo filme dos irmãos Cohen, cheio de nomeações para os Óscares, onde Javier Bardem faz de Chigurh.