Da Ota a Alcochete I
José Sócrates abdica da Ota como se nunca tivesse repetido o que repetiu à náusea, no Parlamento, sempre que Marques Mendes vinha à carga com o assunto. Esta decisão pode ser mais sensata e avisada (não sei, não percebo nada do assunto, é uma questão mais técnica do que política, e não li relatório nenhum). Mas há duas observações a fazer: a) há decisões importantíssimas em Portugal que podem ser tomadas com a maior das leviandades não se percebendo muito bem por quê, como seria a opção Ota; b) a pressão pública, de partidos, jornais, sociedade civil, lóbis, sei lá que mais, blogues, afinal funciona se a sociedade se mobilizar. É uma prova de maturidade da democracia.