Crónica parlamentar
Hoje, no segundo duelo com o primeiro-ministro, Santana Lopes esteve um furinho acima, mas ainda assim muito abaixo do que devia, e abaixo das prestações de Marques Mendes, mesmo quando eram más. Pouco incisivo, redondo, e até a questão que colocou – que as Nova Oportunidades são um convite ao facilitismo – não é o problema central do nosso ensino, quando era o Ensino que estava em discussão. Levou uma rabecada violenta de Jaime Gama, ao pedinchar mais tempo, sem invocar qualquer figura regimental. “O sr. Deputado não atribui tempo de palavra a si próprio”, disse-lhe Gama com violência. Havia gente nos corredores a louvar um soundbyte de Santana a chamar “homem da Regisconta” a Sócrates. Pareceu apenas gratuito.
Paulo Portas esteve impecável na técnica parlamentar, à inglesa. Perguntas rápidas, claras e objectivas, assertivas e sem hipótese de fuga, das quais já tinha a resposta, para provar que o PM não respondia – perguntou se o PM sabe quantos polícias e GNR se vão reformar até 2010. Pediu para o governo abrir ingressos nas forças de segurança. E o PM não respondeu, embora lhe tivesse lembrado com razão que, quando esteve no Governo, não se preocupou com o assunto, nem defendeu esses ingressos. Realmente, enquanto esteve no Governo, o CDS emudeceu quanto aos assuntos de segurança interna. Santana tem de olhar para o seu lado direito (lado esquerdo de quem está sentado no hemiciclo), para aprender como a coisa se faz. Não vão demorar muito tempo a imitá-lo. Portas voltou à carga com o fundamentalismo fiscal – citando o Provedor de Justiça - e, mais uma vez, Sócrates não teve resposta que se visse.
José Sócrates está em baixo de forma, como disse Santana, está menos preparado, a presidência da UE tem-lhe dado muito trabalho, e o debate não lhe correu tão de feição quanto outros. Santana, aos jornalistas, disse que acabaram os passeios do PM nos debates mensais: um exagero, claro. Mas Sócrates foi repetitivo nos argumentos, e desonesto num argumento, pelo menos. Explorou bem as contradições do PSD em matéria de política de Educação: cada líder tem uma ideia diferente. E citou mal, por várias vezes, um projecto de lei do PSD (nº268) para o regime de gestão dos estabelecimentos de educação. Sócrates repetiu por várias vezes, a ler o documento, que “a selecção do director da escola efectua-se mediante concurso público”. Acontece que a palavra “público” não consta no documento, o que faz toda a diferença. Isto é abusar da má fé. Esteve bem ao acusar o PSD (Marco António) de "demagogia básica" por responsabilizar o Governo pelo homicídio do segurança no Porto. Realmente, é forçadito e o próprio Santana se demarcou dele.
Paulo Portas esteve impecável na técnica parlamentar, à inglesa. Perguntas rápidas, claras e objectivas, assertivas e sem hipótese de fuga, das quais já tinha a resposta, para provar que o PM não respondia – perguntou se o PM sabe quantos polícias e GNR se vão reformar até 2010. Pediu para o governo abrir ingressos nas forças de segurança. E o PM não respondeu, embora lhe tivesse lembrado com razão que, quando esteve no Governo, não se preocupou com o assunto, nem defendeu esses ingressos. Realmente, enquanto esteve no Governo, o CDS emudeceu quanto aos assuntos de segurança interna. Santana tem de olhar para o seu lado direito (lado esquerdo de quem está sentado no hemiciclo), para aprender como a coisa se faz. Não vão demorar muito tempo a imitá-lo. Portas voltou à carga com o fundamentalismo fiscal – citando o Provedor de Justiça - e, mais uma vez, Sócrates não teve resposta que se visse.
José Sócrates está em baixo de forma, como disse Santana, está menos preparado, a presidência da UE tem-lhe dado muito trabalho, e o debate não lhe correu tão de feição quanto outros. Santana, aos jornalistas, disse que acabaram os passeios do PM nos debates mensais: um exagero, claro. Mas Sócrates foi repetitivo nos argumentos, e desonesto num argumento, pelo menos. Explorou bem as contradições do PSD em matéria de política de Educação: cada líder tem uma ideia diferente. E citou mal, por várias vezes, um projecto de lei do PSD (nº268) para o regime de gestão dos estabelecimentos de educação. Sócrates repetiu por várias vezes, a ler o documento, que “a selecção do director da escola efectua-se mediante concurso público”. Acontece que a palavra “público” não consta no documento, o que faz toda a diferença. Isto é abusar da má fé. Esteve bem ao acusar o PSD (Marco António) de "demagogia básica" por responsabilizar o Governo pelo homicídio do segurança no Porto. Realmente, é forçadito e o próprio Santana se demarcou dele.