TGV e Alcochete
Lendo os textos que sustentam a manchete do "Público" de hoje, dando conta das críticas da Rave aos argumentos a favor da localização do novo aeroporto de Lisboa em Alcochete, parece que a única coisa que fica clara é que a construção de uma linha de TGV entre Lisboa e Porto é um investimento injustificado. Sensato seria, prioritariamente, decidir que meios disponibilizar para colocar os passageiros chegados ao aeroporto de Alcochete num local de Lisboa que lhes permitisse aceder ao centro da cidade ou a outros destinos.
As razões invocadas pela Rave para chumbar Alcochete circulam em torno dos problemas que esta localização suscita em relação à ferrovia de alta velocidade, o que não admira dado o objecto da empresa e o facto de ter pouca margem de manobra para ser mais do que a voz do dono. Mas decidir onde construir o novo aeroporto em função do traçado do TGV é algo muito duvidoso.
Para quem prefira fazer a viagem entre Lisboa e Porto através de comboio de alta velocidade, há a hipótese de uma ligação ferroviária convencional assegurar o transporte entre o aeroporto e a Gare do Oriente. Estocolmo, onde uma linha ferroviária faz o transporte de passageiros entre o aeroporto e a estação ferroviária central da capital sueca, é um excelente exemplo.
De resto, não se percebe por que motivo não hão-de os passageiros em trânsito para o Porto optar pelo transporte aéreo, evitando perdas de tempo nas ligações com o TGV ou outra opção por terra. Nesta história toda, tem-se pensado demasiado em investimentos vistosos e onerosos, e muito pouco na racionalidade e na conveniência dos utilizadores das infra-estruturas em causa.
Se é necessário, como parece óbvio, melhorar a ligação ferroviária entre as duas principais cidades do país, os pendulares poderiam ser aproveitados com muito mais eficiência. Mas isso é capaz de não se integrar num programa de obras públicas susceptível de encher o olho ao cidadão.
As razões invocadas pela Rave para chumbar Alcochete circulam em torno dos problemas que esta localização suscita em relação à ferrovia de alta velocidade, o que não admira dado o objecto da empresa e o facto de ter pouca margem de manobra para ser mais do que a voz do dono. Mas decidir onde construir o novo aeroporto em função do traçado do TGV é algo muito duvidoso.
Para quem prefira fazer a viagem entre Lisboa e Porto através de comboio de alta velocidade, há a hipótese de uma ligação ferroviária convencional assegurar o transporte entre o aeroporto e a Gare do Oriente. Estocolmo, onde uma linha ferroviária faz o transporte de passageiros entre o aeroporto e a estação ferroviária central da capital sueca, é um excelente exemplo.
De resto, não se percebe por que motivo não hão-de os passageiros em trânsito para o Porto optar pelo transporte aéreo, evitando perdas de tempo nas ligações com o TGV ou outra opção por terra. Nesta história toda, tem-se pensado demasiado em investimentos vistosos e onerosos, e muito pouco na racionalidade e na conveniência dos utilizadores das infra-estruturas em causa.
Se é necessário, como parece óbvio, melhorar a ligação ferroviária entre as duas principais cidades do país, os pendulares poderiam ser aproveitados com muito mais eficiência. Mas isso é capaz de não se integrar num programa de obras públicas susceptível de encher o olho ao cidadão.