Santana vs Sócrates - a vítima de si mesmo
Menezes deve estar radiante por não ser ele a levar tareia no Parlamento e deixar a tareia para quem já está habituado a levar: se o líder de bancada fosse uma segunda linha menezista, o seu fracasso era sinal da fragilidade da direcção; sendo Santana, tudo o que Santaa fizer é da responsabilidade dele e não do líder.
Santana Lopes é um bom orador, mas isso não é o mesmo que ser um bom parlamentar. Não controla o tempo, não segura o discurso, perde-se. Na terça-feira, caíu como um patinho no engodo de José Sócrates. A quem tem tanta experiência não se admitem tantos erros básicos...
No segundo dia, quando fez a intevenção de fundo que devia ter feito no primeiro, parecia estar num congresso do PSD. Mas o Parlamento não funciona como os congressos do PSD. Um discurso eficaz tem de ter a lâmina afiada, não pode ser a coisa balofa dos congressos, porque as massas não estão lá. Não basta repetir números para provar aos outros que, afinal, consegue fixar números e que sabe as regras da contabilidade nacional. De preferência, não pode ter falhas, como a aquela das maternidades que deu a Augusto Santos Silva a possibilidade de uma réplica arrasadora. Para não ser apenas certinho e ensaiado como Mendes, não é preciso passar a viver da improvisação, a falar sem papel para, mais uma vez, provar do que se é capaz.
Ou Santana põe os olhos em Paulo Portas, em José Sócrates e em Francisco Louçã e vê como se fazem as coisas à profissional ou está tramado, mais uma vez, vítima de si mesmo.
Santana Lopes é um bom orador, mas isso não é o mesmo que ser um bom parlamentar. Não controla o tempo, não segura o discurso, perde-se. Na terça-feira, caíu como um patinho no engodo de José Sócrates. A quem tem tanta experiência não se admitem tantos erros básicos...
No segundo dia, quando fez a intevenção de fundo que devia ter feito no primeiro, parecia estar num congresso do PSD. Mas o Parlamento não funciona como os congressos do PSD. Um discurso eficaz tem de ter a lâmina afiada, não pode ser a coisa balofa dos congressos, porque as massas não estão lá. Não basta repetir números para provar aos outros que, afinal, consegue fixar números e que sabe as regras da contabilidade nacional. De preferência, não pode ter falhas, como a aquela das maternidades que deu a Augusto Santos Silva a possibilidade de uma réplica arrasadora. Para não ser apenas certinho e ensaiado como Mendes, não é preciso passar a viver da improvisação, a falar sem papel para, mais uma vez, provar do que se é capaz.
Ou Santana põe os olhos em Paulo Portas, em José Sócrates e em Francisco Louçã e vê como se fazem as coisas à profissional ou está tramado, mais uma vez, vítima de si mesmo.
20/1/08 11:01
santana lopes diz o que povo sente e pensa.