A virtude do silêncio
A força da língua portuguesa está nos verbos. Um verbo bem usado poupa-nos à má adjectivação. Pedro Santana Lopes comprova-o ao escrever isto no terceiro post do seu blogue: "Já passaram mais de duas semanas desde as eleições para a Câmara de Lisboa, e, apesar das centenas de solicitações, principalmente das televisões e das rádios, consegui manter a atitude de nada dizer". Ora a força do verbo está, exactamente, no conseguir. Quem consegue, é porque procura, porque se esforça, porque aquilo que conseguiu exigiu um esforço terrível... neste caso, a coisa parece posta como por alguém que vence uma adição.
- Olá, o meu nome é Pedro! Esta semana consegui manter a atitude de nada dizer, apesar das televisões e das rádios me solicitarem às centenas. São tão simpáticos que é difícil dizer não. Mas é preciso saber dizer não a cada uma, a uma solicitação de cada vez. Desde que dei a última entrevista que não dei mais nenhuma. Estou a vencer o vício e sinto-me cada vez melhor. Obrigado pelo vosso apoio, são uma grande ajuda, os SA (Soundbyters Anónimos).
Finalmente, Santana descobriu as virtudes do silêncio: quando se torna ensurdecedor deve dar ainda mais gozo do que andar por aí a falar à fartazana.
- Olá, o meu nome é Pedro! Esta semana consegui manter a atitude de nada dizer, apesar das televisões e das rádios me solicitarem às centenas. São tão simpáticos que é difícil dizer não. Mas é preciso saber dizer não a cada uma, a uma solicitação de cada vez. Desde que dei a última entrevista que não dei mais nenhuma. Estou a vencer o vício e sinto-me cada vez melhor. Obrigado pelo vosso apoio, são uma grande ajuda, os SA (Soundbyters Anónimos).
Finalmente, Santana descobriu as virtudes do silêncio: quando se torna ensurdecedor deve dar ainda mais gozo do que andar por aí a falar à fartazana.