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elevador da bica

Postal dos balcãs e do Líbano

Num mosteiro do Montenegro eu podia ter sentido uma epifania, esta terça-feira, mas não. O monge ortodoxo abriu um caixão, beijou o vidro e contou a história extraordinária daquelas duas peças, que fugiram das guerras europeias ao longo dos séculos e até aos bolcheviques. Era, alegadamente, um lenho da cruz de Cristo e uma das mãos de São João Baptista com dois dedinhos fáceis de identificar. O divino parece que estava por ali mas não se manifestou.

Há cidades que são feias mas têm algum encanto. Pristina, capital do Kosovo, é uma das cidades mais feias que já vi na vida e desta vez, a segunda que lá estive, continuei sem lhe descobrir a graça. A maioria das habitações estão em tijolo porque quando cada casa é dada como terminada começa a pagar-se um imposto. Por isso preferem dá-las como inacabadas. Em cada esquina há uma bomba de gasolina onde as máfias albanesas lavam dinheiro, e lavagens de carros onde rapazes dormitam debaixo de guarda sóis à espera de clientes que serão limpinhos à mangueirada e com algum petróleo. A partir do dia 10 de Dezembro volta a jogar-se aqui uma parte do futuro da Europa.

Apesar da guerra, apesar de tudo, Beirute é, sobretudo, um encanto. Há minutos, a esplanada de um dos hotéis mais caros, junto à marginal da capital do Líbano, estava cheia de mulheres tão ocidentais quanto as portuguesas, com uma diferença: não dei conta de nenhuma que ainda não tivesse conhecido a magia do bisturi. O complexo país dos cedros podia ser a pérola do Médio Oriente. Mas aqui é sempre tudo muito mais complicado do que pode sugerir uma simpática esplanada.

“Postal dos balcãs e do Líbano”