Vitória histórica?, parte II
Individualmente, a leitura dos resultados obtidos pelo PSD e por Carmona Rodrigues fornece a imagem de que quem se deu ao trabalho de se deslocar às mesas de voto penalizou os dois últimos anos de gestão camarária, cuja responsabilidade foi protagonizada pelo partido e pelo agora candidato independente.
E não há dúvidas de que assim foi, tendo em consideração que, em 2005, Carmona Rodrigues e o PSD conseguiram 42,4% dos votos, contra uma soma de 32,44% nas eleições de ontem, correspondente a menos dez pontos percentuais.
Ainda assim, adicionando as percentagens obtidas por Carmona e pelo PSD chega-se a uma votação superior à de António Costa. Foram 63.589 votos para as duas candidaturas, contra 57.907 do PS. Onde está a vitória histórica sobre as figuras de um mandato que o PS qualificou como desastroso? E que sustentação têm os argumentos de que o Governo não sofreu qualquer penalização?
Parece evidente que o terceiro lugar do PSD e o eclipse do CDS têm força suficiente para fazer mexer alguma coisa dentro dos dois partidos. Mas o PS, que ainda terá visto uma parte dos seus eleitores potenciais fugirem para Helena Roseta, quando a sua própria proposta era uma figura de referência do partido e, até há poucos meses, o número dois do Governo de Sócrates, tem muito em que pensar se quiser avaliar seriamente os resultados.
E não há dúvidas de que assim foi, tendo em consideração que, em 2005, Carmona Rodrigues e o PSD conseguiram 42,4% dos votos, contra uma soma de 32,44% nas eleições de ontem, correspondente a menos dez pontos percentuais.
Ainda assim, adicionando as percentagens obtidas por Carmona e pelo PSD chega-se a uma votação superior à de António Costa. Foram 63.589 votos para as duas candidaturas, contra 57.907 do PS. Onde está a vitória histórica sobre as figuras de um mandato que o PS qualificou como desastroso? E que sustentação têm os argumentos de que o Governo não sofreu qualquer penalização?
Parece evidente que o terceiro lugar do PSD e o eclipse do CDS têm força suficiente para fazer mexer alguma coisa dentro dos dois partidos. Mas o PS, que ainda terá visto uma parte dos seus eleitores potenciais fugirem para Helena Roseta, quando a sua própria proposta era uma figura de referência do partido e, até há poucos meses, o número dois do Governo de Sócrates, tem muito em que pensar se quiser avaliar seriamente os resultados.