O longínquo oeste
O longínquo oeste onde não chega o braço da lei, ou melhor, onde só chega o braço da lei que aceitam os que lá estão, flutua em pleno Atlântico e, diz-se, é uma pérola. Se pega a moda, Alberto João só aceita as leis que entende. Provocou eleições antecipadas porque a Lei das Finanças Regionais lhe roubou 2% (!) do orçamento. Agora recusa-se a aplicar uma lei da República com a legitimidade que saiu de um referendo nacional. Portugal é um Estado unitário. E a lei aplica-se a todo o território nacional. A leste, o Presidente da República, que deve ser o garante da Constituição e da unidade nacional, sacode a água do capote para os tribunais. Que estes resolvam o problema. Será por serem as tristes abortadeiras que estão em causa?