O debate mensal
Notas sobre o debate mensal de ontem, no Parlamento:
- Marques Mendes está cada vez mais sozinho. Foi confrangedor ver que só a primeira fila da bancada o aplaudia com convicção (Montalvão Machado fazia-o efusivamente, como chefe de claque, a puxar pelo pessoal), e só por vezes era aplaudido pela segunda fila. O resto da banda nem se manifestava. Estes sinais têm significados; a malta só está à espera do dia 15 de Junho para decidir o que fazer ao líder;
- Marques Mendes dispersou-se em perguntas e mais perguntas sobre uma série de temas e foi perdendo eficácia conforme mais perguntas fazia; aproveitou mal a questão da competitividade, não soube dar a volta ao tema dos computadores porque até é um tema do qual nada sabe; atirou sobre a Ota com argumentos estafados; esteve bem no caso DREN, mas viu Sócrates acusá-lo de colocar comissários políticos na CML;
- Paulo Portas marcou os seus primeiros pontos no Parlamento desde que regressou e pôs José Sócrates a gagejar, a repetir-se e a não responder. Monotemático, não dispersou tiros e foi objectivo: sendo um número ensaiado, não fez um número sem substância. Sócrates não soube responder quando é que custava a Ota para além do aeroporto, nem foi esclarecedor quanto ao impacte ambiental da obra. Portas, ontem, fez a diferença enquanto parlamentar puro.
- José Sócrates repetiu-se de mais, pareceu cansado e sem brilho, foi talvez o debate mensal que lhe correu pior. O anúncio da distribuição de computadores é positivo, mas é uma daquelas medidas que precisa de acompanhamento para se saber a que resultados conduz. Já agora, o PM falou em "custo zero". Eu cá desconfio sempre dos almoços grátis.
- O debate foi demasiado longo. Às seis e meia da tarde, ao fim de mais de três horas, ainda não tinha acabado a primeira ronda de perguntas. Qualquer primeiro-minsitro que passe por aquele suplício deve chegar àquela hora como cérebro derretido.
- Marques Mendes está cada vez mais sozinho. Foi confrangedor ver que só a primeira fila da bancada o aplaudia com convicção (Montalvão Machado fazia-o efusivamente, como chefe de claque, a puxar pelo pessoal), e só por vezes era aplaudido pela segunda fila. O resto da banda nem se manifestava. Estes sinais têm significados; a malta só está à espera do dia 15 de Junho para decidir o que fazer ao líder;
- Marques Mendes dispersou-se em perguntas e mais perguntas sobre uma série de temas e foi perdendo eficácia conforme mais perguntas fazia; aproveitou mal a questão da competitividade, não soube dar a volta ao tema dos computadores porque até é um tema do qual nada sabe; atirou sobre a Ota com argumentos estafados; esteve bem no caso DREN, mas viu Sócrates acusá-lo de colocar comissários políticos na CML;
- Paulo Portas marcou os seus primeiros pontos no Parlamento desde que regressou e pôs José Sócrates a gagejar, a repetir-se e a não responder. Monotemático, não dispersou tiros e foi objectivo: sendo um número ensaiado, não fez um número sem substância. Sócrates não soube responder quando é que custava a Ota para além do aeroporto, nem foi esclarecedor quanto ao impacte ambiental da obra. Portas, ontem, fez a diferença enquanto parlamentar puro.
- José Sócrates repetiu-se de mais, pareceu cansado e sem brilho, foi talvez o debate mensal que lhe correu pior. O anúncio da distribuição de computadores é positivo, mas é uma daquelas medidas que precisa de acompanhamento para se saber a que resultados conduz. Já agora, o PM falou em "custo zero". Eu cá desconfio sempre dos almoços grátis.
- O debate foi demasiado longo. Às seis e meia da tarde, ao fim de mais de três horas, ainda não tinha acabado a primeira ronda de perguntas. Qualquer primeiro-minsitro que passe por aquele suplício deve chegar àquela hora como cérebro derretido.