Mendes e o referendo europeu
Paulo Gorjão escreve o seguinte no Bloguítica, sobre a posição de Marques Mendes no referendo europeu: "Aconteça o que acontecer o líder do PSD marca sempre pontos. Se houver referendo Marques Mendes poderá sempre lembrar que manteve uma posição intransigente em sua defesa, mesmo quando outros hesitaram. Se não houver terá uma oportunidade única para atacar o Governo e assumir a posição de paladino do referendo, o que certamente cairá nas boas graças da opinião pública portuguesa". (post: Marques Mendes e o referendo europeu)
Do ponto de vista puramente político, Paulo Gorjão pode ter razão. Mas quando assumiu a presidência do PSD, Mendes assumiu-se como uma oposição responsável, e este é um assunto onde PS e PSD costumam pôr o País acima da táctica partidária, deixando a contestação aos extremos. Não sendo grave que os dois partidos não concordem quanto ao referendo, a eventual reviravolta de Sócrates está sintonizada com o contexto europeu, enquanto a posição de Marques Mendes está desfazada, apenas com um objectivo: mostrar que faz oposição. Ora, se o PSD quer bandeiras, elas não faltam e há muito por onde marcar pontos contra o Governo.
Do ponto de vista puramente político, Paulo Gorjão pode ter razão. Mas quando assumiu a presidência do PSD, Mendes assumiu-se como uma oposição responsável, e este é um assunto onde PS e PSD costumam pôr o País acima da táctica partidária, deixando a contestação aos extremos. Não sendo grave que os dois partidos não concordem quanto ao referendo, a eventual reviravolta de Sócrates está sintonizada com o contexto europeu, enquanto a posição de Marques Mendes está desfazada, apenas com um objectivo: mostrar que faz oposição. Ora, se o PSD quer bandeiras, elas não faltam e há muito por onde marcar pontos contra o Governo.