Uma evidência custosa
Esta visão de que só vale a pena convocar referendos se houver perspectivas de vitória por parte de quem sujeita uma opção política a consulta directa, é demasiado calculista. Trata-se de fugir ao risco do debate democrático, de proteger as convicções de um julgamento alheio eventualmente desfavorável e, sobretudo, de desvalorizar e menorizar um meio de expressão da vontade dos eleitores em favor de meros acertos partidários.
O mais curioso, é que este ponto de vista a propósito da reintrodução do tema da regionalização na vida política vem de um primeiro-ministro que prega o gosto pelo risco, mas que, pelo que se pode ver, não está disposto a subscrevê-lo.
De qualquer forma, se, em matéria de regionalização, o país incorre em "inconstitucionalidade por omissão", como defende Diogo Freitas do Amaral, mas se os cidadãos já se pronunciaram, com uma larga maioria, contra o processo, fica claro que o problema está no texto constitucional e não nos eleitores. Custa muito perceber esta evidência?
O mais curioso, é que este ponto de vista a propósito da reintrodução do tema da regionalização na vida política vem de um primeiro-ministro que prega o gosto pelo risco, mas que, pelo que se pode ver, não está disposto a subscrevê-lo.
De qualquer forma, se, em matéria de regionalização, o país incorre em "inconstitucionalidade por omissão", como defende Diogo Freitas do Amaral, mas se os cidadãos já se pronunciaram, com uma larga maioria, contra o processo, fica claro que o problema está no texto constitucional e não nos eleitores. Custa muito perceber esta evidência?