Curiosa coincidência
O Governo gosta de afirmar que a sua estratégia de redução do défice público não se faz à custa de medidas extraordinárias, mas se esta decisão não é de carácter extraordinário, não se percebe bem o que possa ser. Prolongando o congelamento das progressões na carreira, o Executivo consegue poupanças de 400 milhões de euros nos gastos correntes.
Como não se trata de uma medida de natureza estrutural, mas destinada a vigorar temporariamente enquanto não entra em vigor o novo regime de carreiras, vínculos e remunerações da Função Pública, é necessário ter em conta aquele impacto ao analisar-se a forma como está a ser concretizada a consolidação das contas públicas. Isto é, as despesas correntes baixam mas com a ajuda de medidas insustentáveis, a prazo.
Também deve registar-se o facto de o Governo prever que volte a haver progressões na carreira dos funcionários a partir de 2009. Será um ano de eleições, o que não deixa de ser uma curiosa coincidência.
Como não se trata de uma medida de natureza estrutural, mas destinada a vigorar temporariamente enquanto não entra em vigor o novo regime de carreiras, vínculos e remunerações da Função Pública, é necessário ter em conta aquele impacto ao analisar-se a forma como está a ser concretizada a consolidação das contas públicas. Isto é, as despesas correntes baixam mas com a ajuda de medidas insustentáveis, a prazo.
Também deve registar-se o facto de o Governo prever que volte a haver progressões na carreira dos funcionários a partir de 2009. Será um ano de eleições, o que não deixa de ser uma curiosa coincidência.