A sombra do guterrismo
Mais um detalhe importante na entrevista a Luís Campos e Cunha. O ex-ministro das Finanças afirmou que, nos próximos três meses, o Governo terá que jogar cartadas decisivas para o futuro. Referia-se a reformas tão importantes para um saneamento correcto das finanças públicas portuguesas como a que visa melhorar a eficiência da administração pública.
O problema é que o próprio Governo, o primeiro a dizer publicamente que o cumprimento das metas orçamentais para 2007 dependia da adopção de medidas de fundo para comprimir as despesas, já veio reconhecer que o processo está atrasado. Mas aproveitando para avisar que, se tudo falhar nesta frente, haverá outros meios de reduzir o défice público.
Aqui está uma excelente razão para preocupações. Em matéria de consolidação das contas públicas, o pior que pode acontecer é que a reanimação da economia e a aproximação da segunda metade do mandato adormeça a vontade reformista do Governo. Neste caso, é de esperar o pior, isto é, o regresso à política orçamental do guterrismo.
O problema é que o próprio Governo, o primeiro a dizer publicamente que o cumprimento das metas orçamentais para 2007 dependia da adopção de medidas de fundo para comprimir as despesas, já veio reconhecer que o processo está atrasado. Mas aproveitando para avisar que, se tudo falhar nesta frente, haverá outros meios de reduzir o défice público.
Aqui está uma excelente razão para preocupações. Em matéria de consolidação das contas públicas, o pior que pode acontecer é que a reanimação da economia e a aproximação da segunda metade do mandato adormeça a vontade reformista do Governo. Neste caso, é de esperar o pior, isto é, o regresso à política orçamental do guterrismo.