Obviamente, não o demita!
Manuel Pinho, o ministro da Economia que, há uns meses, decretou o fim da crise, continua em grande forma. Quando lhe colocam um microfone à frente, diz coisas. Desta vez, a propósito de atrair investimento chinês para território de Portugal, Pinho argumentou com o facto de o país, embora para sua própria desgraça, dispor dos salários mais baixos da União Europeia. Como eu escutei estas declarações hoje, logo pela manhã, enquanto me deslocava para o local de trabalho, até pensei que não tinha ouvido correctamente. Mas foi mesmo com os salários baixos que Manuel Pinho acenou aos capitalistas da China emergente.
Se isto é para levar a sério, há que saber junto do primeiro-ministro, que anda a vender ao país a necessidade de apostar na qualificação dos recursos humanos e de abandonar os baixos custos do trabalho como principal factor competitivo de Portugal, o que o fez mudar de ideias. Caso se trate apenas de mais um momento brilhante protagonizado por Manuel Pinho, então pede-se a Sócrates que não remodele o ministro. Em qualquer governo, fica bem uma personalidade politicamente extravagante. Dá colorido e anima as manhãs da rádio, o que, não sendo muito, não é negligenciável.
Se isto é para levar a sério, há que saber junto do primeiro-ministro, que anda a vender ao país a necessidade de apostar na qualificação dos recursos humanos e de abandonar os baixos custos do trabalho como principal factor competitivo de Portugal, o que o fez mudar de ideias. Caso se trate apenas de mais um momento brilhante protagonizado por Manuel Pinho, então pede-se a Sócrates que não remodele o ministro. Em qualquer governo, fica bem uma personalidade politicamente extravagante. Dá colorido e anima as manhãs da rádio, o que, não sendo muito, não é negligenciável.