Cultura fora de horas
Os portugueses parecem estar mais cultos, mas comportam-se como quando vão entregar o IRS: deixam tudo para o fim. Quinze dias antes de acabar exposição Diálogos de Vanguarda, de Amadeu Souza-Cardoso, na Gulbenkian, já havia filas enormes para entrar. Para escoar o fluxo de visitantes previstos, a fundação resolveu abrir as portas 48 horas seguidas durante o fim-de-semana, mas, logo no sábado, às 10h00, quando cheguei, aquilo estava insuportável de gente a mais. Não esperei. Fui passear pela colecção permanente. Pensei em voltar depois do cinema, à meia noite e meia. Só que no fim do filme, alguém que estava por perto atendeu o telefone e comentou: "A esta hora ainda há filas dessas na Gulbenkian?" Resultado: não fui. Disseram-me que só não houve filas entre as seis e as sete da manhã...
15/1/07 15:30
É verdadeiramente triste que uma exposição como esta fique conotada como mais uma daquelas "exposições popularuxas" que toda a gente quer ver sem saber muito bem porquê.
A exposição inaugurou há dois meses e só no último dia é que a malta decide aparecer...
Enfim, é o povo tuga no seu melhor
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