Parabéns pelas brilhantes decisões
Uma vez mais, parabéns aos basbaques que acham que Portugal deve organizar grandes eventos internacionais para mostrar aos outros que também consegue fazer coisas supostamente exigentes apenas ao alcance das nações civilizadas e que o dinheiro, como para todo o novo-rico que se preze, não é problema.
O estádio de Leiria, um dos dez construidos ou remodelados para o Euro 2004, era suposto ter custado menos de 20 milhões de euros mas já vai nos 90 milhões e, qual esponja impiedosa, absorve cinco mil euros por dia à Câmara da cidade, isto é, aos contribuintes. Com este fardo às costas, é óbvio que o município não tem dinheiro para fazer outras coisas que seriam mais importantes para os cidadãos do que terem um estádio novo e às moscas no seu concelho.
Em relação aos "elefantes brancos" herdados do Euro, este não é caso único, como se sabe. Mas é um bom retrato das consequências das decisões de governantes, e cúmplices dos mais diversos lóbis, que têm uma concepção parola do que é "fazer obra". Os estádios são uma pequena amostra do que vai suceder com o grandioso projecto do TGV e não suprreende que por detrás da persistência no investimento na alta velocidade e da candidatura ao Euro 2004 esteja a mesmíssima personagem, de nome José Sócrates.
Só nos resta ansiar que a candidatura ao Mundial de futebol seja chumbada e que as mentes alucinadas que querem ter uns Jogos Olímpicos em Portugal jamais consigam concretizar o seu sonho delirante.
O estádio de Leiria, um dos dez construidos ou remodelados para o Euro 2004, era suposto ter custado menos de 20 milhões de euros mas já vai nos 90 milhões e, qual esponja impiedosa, absorve cinco mil euros por dia à Câmara da cidade, isto é, aos contribuintes. Com este fardo às costas, é óbvio que o município não tem dinheiro para fazer outras coisas que seriam mais importantes para os cidadãos do que terem um estádio novo e às moscas no seu concelho.
Em relação aos "elefantes brancos" herdados do Euro, este não é caso único, como se sabe. Mas é um bom retrato das consequências das decisões de governantes, e cúmplices dos mais diversos lóbis, que têm uma concepção parola do que é "fazer obra". Os estádios são uma pequena amostra do que vai suceder com o grandioso projecto do TGV e não suprreende que por detrás da persistência no investimento na alta velocidade e da candidatura ao Euro 2004 esteja a mesmíssima personagem, de nome José Sócrates.
Só nos resta ansiar que a candidatura ao Mundial de futebol seja chumbada e que as mentes alucinadas que querem ter uns Jogos Olímpicos em Portugal jamais consigam concretizar o seu sonho delirante.
Etiquetas: elefantes brancos, Euro 2004, Jogos Olímpicos, parolos
1/1/10 23:54
Para além da espuma do jogo político-partidário, a verdade dos números não é essa, como as contas públicas (para quem as quiser procurar e consultar) demonstram.
E não! O estádio não está às moscas! O facto de os jogos do clube da terra não terem espectadores é evidentemente culpa do clube. Mas os praticantes de atletismo não são moscas e ocupam-no diariamente: desconfio mesmo que o estádio de Leiria será o mais utilizado do País. Ou há outro com pista de atletismo e ocupação diária?