Dois trios de ases
Grande concerto do trio de Brad Melhdau no CCB. Seis encores. O que mostra que não basta serem grandes intérpretes e excelentes executantes, também é preciso uma grande dose de humildade e respeito pelo público.
Há três semanas, num registo ligeiramente diferente, The Bad Plus no Museu do Oriente também deram um concerto envolvente e cativante, de certa forma inesperado porque fugiram às suas versões jazzísticas de pop, demonstrando uma criatividade inesgotável para além das expectativas do público.
Há três semanas, num registo ligeiramente diferente, The Bad Plus no Museu do Oriente também deram um concerto envolvente e cativante, de certa forma inesperado porque fugiram às suas versões jazzísticas de pop, demonstrando uma criatividade inesgotável para além das expectativas do público.
Etiquetas: jazz
30/10/09 10:35
é sobretudo a consciência da história do jazz, de toda a história do jazz, (da música?), que corre nos dedos de mehldau.
um trio onde aparentemente não se passa nada, além do virtuosismo, da filiação directa no outro trio, 'O' piano trio de evans, e depois, só depois, da aparente bittersweetness classicista das versões de nick drake and so on - e aquela do chico buarque? - alucinamos do bep-bop aos campos de algodão, de parker a miles, de monk a evans. sempre a evans. e vontade melódica de mehldau.
os bad plus serão outra coisa. serão mais um power-trio - baixo guitarra bateria - num discurso jazz, de improviso e diálogo, mas com o poder todo de uma fender stratocaster rasgada em alto volume e distorção.
e depois, entre os dois, jon hassel. e a música vinda de todo o lado, entre o silêncio e a trompete de surdina.
não temos andado nada mal servidos, nesta reentré.
jac