Livros e conforto
A avaliar pelos números divulgados pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), as feiras do livro de Lisboa e Porto saldaram-se num aumento das vendas e, por este facto, num êxito do ponto de vista dos promotores e de quem beneficiou desse crescimento da facturação.
Este desempenho é apontado como uma boa razão para considerar que o modelo actual não está esgotado. Pode ser que não esteja e que, em Lisboa, a probabilidade de apanhar uma molha, entre outros desconfortos impostos pelo modelo que tem sobrevivido ao longo dos anos, não seja argumento suficiente para demover visitantes e expositores.
Ainda assim, há um aspecto que carece de prova. A realização da Feira do Livro de Lisboa num recinto fechado, espaçoso, dotado de condições para proporcionar maior conforto aos visitantes, oferecendo zonas de leitura e de lazer, não representaria um forte argumento para aumentar o número de visitas e, potencialmente, a venda de livros?
Por que motivo um aumento de vendas, interrompendo um ciclo de quebras, é justificação bastante para persistir numa solução arcaica e que não tem em consideração o bem-estar dos consumidores e de quem trabalha durante a feira naquelas barraquinhas de arraial?
Este desempenho é apontado como uma boa razão para considerar que o modelo actual não está esgotado. Pode ser que não esteja e que, em Lisboa, a probabilidade de apanhar uma molha, entre outros desconfortos impostos pelo modelo que tem sobrevivido ao longo dos anos, não seja argumento suficiente para demover visitantes e expositores.
Ainda assim, há um aspecto que carece de prova. A realização da Feira do Livro de Lisboa num recinto fechado, espaçoso, dotado de condições para proporcionar maior conforto aos visitantes, oferecendo zonas de leitura e de lazer, não representaria um forte argumento para aumentar o número de visitas e, potencialmente, a venda de livros?
Por que motivo um aumento de vendas, interrompendo um ciclo de quebras, é justificação bastante para persistir numa solução arcaica e que não tem em consideração o bem-estar dos consumidores e de quem trabalha durante a feira naquelas barraquinhas de arraial?
16/6/07 17:04
Cum catano, é todos os anos a mesma conversa.
Será tão dificil de perceber que o sucesso da feira do Livro de Lisboa está associado à sua localização. Livros com conforto existem o ano todo nas diversas e boas livrarias da cidade ou mesmo nas inúmeras feiras do livro alternativas que se vão fazendo (na FIL, na P. da Ribeira, na gare da Expo); Livros ao ar livre, no centro da cidade, com excelentes acessos para peões ou para quem ande de metro, num jardim dificil de usufruir noutras ocasiões, com horário alargado e espaço, caso necessário, para mais editoras, são ingredientes que fazem a mais valia da feira do Livro de Lisboa.
Para terminar, a experência proposta no post de uma feira com mais "conforto" existe no Porto com os fracos resultados conhecidos.